sexta-feira, 4 de abril de 2014

Tempo de Passarinhar

vamos lá passarinhada
é hora de cirandar
é tempo novo, é alegria
botão de rosa a desabrochar

cantem cantem, bem-te-vis!
boa labuta há de chegar
de sol a pino, ou dia de chuva
o melhor mesmo é se encontrar

beija-flores, bons plantadores
espalhem sementes pelo jardim
cada mão é um irmão
é bom pra você e bom pra mim

voem alto andorinhas!
sonho bom se faz no dia
entusiasmo no trabalho
rima até com alegria

vibrem em cores, colibris
é tempo de renovação
realize, frutifique
o que há de melhor no coração

passarinho sozinho faz força
passarinhada reunida faz união!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Casa Encantada




pelo pião que na palma da mão do menino gira
vejo o mundo a rodar nesse universo
na casa azul de todas as cores
vai pintando seu futuro em verso
nas lendas da mãe d’água de Kariuzinho
ouve sussurros do tempo vindouro
e na simplicidade de seu infantil olhar
transforma em arte esse passado de ouro
com suas mãos pequenas desenha a vida
seus ancestrais, o pássaro e a flor
vê no chão e na rocha vestígios do tempo
e em suas canções exala o amor

casa grande
casa da vida
abriga os sonhos de todo menino
tenha esse a idade que for!


Lívia Nogueira

Homenagem de aniversário da Fundação Casa Grande.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Inspiração

é como um pássaro que voa baixinho
e do seu biquinho
um pinguinho de inspiração
pelo vento vem
e sopra no ar
os mistérios da criação...

                                                       Lívia Nogueira

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ecos da seca

é aquele velho silêncio fantasmagórico que ecoa no meu peito
ecos de vento desértico de cactos e cariris
silêncio sombrio que atravessa eras e quimeras
com suas sonoridades de flautas, pífanos e caxixis
dos velhos cangaceiros e suas sanfonas
da madeira talhada em planos de cordel
das fitas coloridas ao redor dos braços esperançosos
ventos áridos e secos de chão rachado
a perfurar o solo do coração
é o gado da fome
do mandacaru sem flor
e a saudade arrebatando os tempos que não serão futuro
saudade do que não foi
e em aridez desertina
ouço o triste som do velho tambor
serpentina no meu peito aquela dor calada, emudecida
abafada de porquês
os velhos fantasmas
a velha dor
e de retumbante pavor
me refaço caatinga
e na beira daquele rio da vida
reponho minhas cores estendindas nos varais e matagais
pelas mãos da velha lavadeira
que em seus cantos faz chover flor
minha chita se rebatiza
tilintando nova esperança
esperança simples, calada, certeira
recolho retalhos de cada som
costuro uma saia
e pelo sertão eu vou...

Lívia Nogueira

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O homem que plantava árvores

Entre a poesia e o amor.
Manifestações de um coração que apenas ama..
e desse amor vê-se surgir um castelo florestal!
É a poesia do bem viver...




Como podemos fazer nossa parte?
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