sábado, 16 de fevereiro de 2008

palavra

a palavra é itinerante...
não tem casa e mora em todo lugar
abriga-se onde menos lhe convém
e quando convém, a palavra cala.

cala no silêncio do grito
se transforma em pura vibração
mas não fala
e se esvai

mas quando é o silencio que quero
a palavra insiste em aparecer
feito cigana me rouba o domínio
e me escravizo a ela.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

pequena navegante

no fundo no fundo, admito, ainda está raso!
mas sigo em frente nesse mar... um dia chego
navego nessa pequena embarcação
nas mãos
o remo e a intuição
os pés, antes com passos falsos
hoje caminham mais firmes com a consciência de onde quero chegar
no peito
carrego um coração palpitante que apenas e tão grandiosamente sente
e como é bom sentir.. ah
e a razão?
a razão é seguir
navegar nesse mar
em busca de amar...