quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Rosas Brancas

Na clara transparência das brancas rosas
Surge a luz nos olhos
Olhos marejados pela lembrança
Do período da largada
Do caminho até então percorrido
Olhos espontâneos com palavras ditas no silêncio
O mundo é todo conspiração para essa união
Ao fundo
A canção que traduz a emoção que não se contém
E entra, Mulher, guerreira da vida
Entra que as portas estão abertas no coração gentil
A cada passo a força da história vivida
Do tropeço aprendido
Do levantar conquistado
Branca brisa, forte vento
É o que és, mulher
És criança, menina, filha
Eis o início da mulher
Que acende em seu peito desde o nascimento
Ao lado de quem te ensinou a lutar
Com a delicadeza das brancas rosas
Com a suave força que desbrava oceanos de culpas e medos
Brilha que a luz é tua
E agora és continente
Terra firme, minha amiga
Firme-se nesse porto
Entra como quem flutua nas águas desse mar que agora é manso
Já conheces o calor das tempestades
E agora podes conhecer os encantos que no fundo da’mar te esperam
Rega suas flores
Mantenha-as como a sua doce voz
Chora, pois o coração é quem guia
O coração é o Mestre ditando aos seus ouvidos a sublime voz
Do que realmente vale a pena
Entra que ele te espera
Com a esperança lavando as lembranças dos tempos deixados pela estrada
Suas roupas, agora limpas, têm o cheiro do clamor por aconchego
Chegue e firme-se
Plantem todos os frios e calores que lhes trouxerem paz
Plantem, pois já colhem as flores do caminho
Plantem, pois a história apenas inicia
Luz, cores, aromas, amor, sorrisos, paz e borboletas
Reinem em sua floresta!

(homenagem ao casamento de meus amigos Terê e Samuel)

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